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Tratar e Controlar

Acompanhamento Clínico

O acompanhamento clínico é fundamental na manutenção da saúde de pessoas vivendo com HIV, não apenas para manter o vírus sob controle, mas para prevenir ou tratar problemas que podem estar associados a ele como, por exemplo, sífilis, doenças cardiovasculares e tuberculose. É por meio das consultas e exames de rotina que a equipe de saúde consegue avaliar a evolução de cada paciente.4

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Exames de Rotina

No início do acompanhamento, é comum serem solicitados exames de sangue, fezes, urina, testes para hepates B e C, tuberculose, sífilis, entre outros. Outros exames importantes são o de contagem dos linfócitos T CD4+ (células de defesa do corpo humano) e o de carga viral (quandade de HIV que circula no sangue). Eles são os principais recursos para nortear a conduta do profissional de saúde a fim de iniciar ou substuir o tratamento. O Consenso de terapia anrretroviral recomenda que os exames sejam feitos em média a cada três ou seis meses ou conforme critério médico.4

Tomar medicamentos conforme as indicações do profissional é fundamental para ter sucesso no tratamento, já que o uso inadequado pode acelerar o processo de resistência do vírus aos medicamentos e perda da efetividade dos mesmos. Dessa forma, qualquer questão relacionada ao esquema terapêutico requer uma consulta prévia ao médico. Além disso, é essencial manter hábitos saudáveis como ter uma boa alimentação, praticar exercícios físicos, comparecer ao serviço de saúde nos dias previstos, entre outros cuidados.4

É fundamental que se tenha consciência de que o tratamento para o HIV é para toda a vida e, é possível que surjam diferentes questões ao longo do tempo. Estabelecer um diálogo com a equipe de saúde e discutir os resultados de exames, o uso da medicação, os possíveis efeitos colaterais, além de temas relativos ao autocuidado, prevenção, sexualidade e quaisquer outros temas relevantes pode ter impacto positivo na saúde geral.2

Cuidado Integral

A assistência ao HIV no Brasil

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Ele é o causador da AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida), doença que ataca o sistema imunológico que é responsável por defender o organismo de doenças. É importante esclarecer que ter HIV não é a mesma coisa que ter AIDS. Há muitas pessoas que vivem com HIV e não apresentam sintomas por anos. Contudo, caso não estejam em tratamento, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez, o parto e a amamentação, dessa forma pode-se entender o tratamento também como uma forma de prevenção.1

Desde 1996, o Brasil oferece o acesso universal ao tratamento para HIV (terapia antirretroviral - TARV), assim como o apoio psicológico às pessoas vivendo com HIV. O Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, vinculado ao Ministério da Saúde, determina uma política de atenção a essas pessoas, que reúne desde medidas de prevenção até a assistência, passando por direitos humanos e participação social.

A TARV é oferecida no SUS para todas as pessoas vivendo com HIV, independentemente do nível de CD4 ou carga viral e, o início precoce do tratamento oferece claros benefícios relacionados à redução da morbimortalidade, à diminuição da transmissão da infecção e à disponibilidade de opções terapêuticas mais cômodas e melhor toleradas.1

O início da terapia necessita de uma decisão combinada e bem esclarecida entre a pessoa que vive com HIV e a equipe de saúde, envolvendo questões de âmbito psicológico, cultural, social, comportamental e físico. O êxito do tratamento está, em grande parte, relacionado à adesão adequada ao longo do tempo, que envolve tomar as medicações corretamente, na dose e frequência prescritas, além de realizar exames de acompanhamento no tempo adequado.2

O principal objetivo da TARV é reduzir a carga viral para níveis indetectáveis até 24 semanas após o início do tratamento. Quanto antes for iniciada, maiores serão as chances de sucesso terapêutico. Hoje, as pessoas vivendo com HIV em tratamento e em supressão virológica têm expectativa de vida semelhante à população geral, desde que não interrompam os cuidados necessários com a saúde.2,3

Ao receber o diagnóstico positivo para HIV é comum que haja uma forte carga emocional, mas com o auxílio de profissionais de saúde capacitados é possível vislumbrar as possibilidades de cuidado. É interessante identificar o potencial apoio familiar e social e, o mais importante, compreender a importância do cuidado com a saúde.3

Informação é Poder

A lei assegura direitos a portadores de HIV

1

Recusar, procrastinar, cancelar ou segregar a inscrição ou impedir que permaneça como aluno em creche ou estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado;

2

Negar emprego ou trabalho;

3

Exonerar ou demitir de seu cargo ou emprego;

4

Segregar no ambiente de trabalho ou escolar;

5

Divulgar a condição do portador de HIV ou de paciente com AIDS, no intuito de ofender a dignidade;

6

Recusar ou retardar atendimento de saúde.

Quais direitos são assegurados as pessoas vivendo com HIV?

Profissionais da área da saúde e membros da sociedade civil criaram, junto ao Ministério da Saúde, a Declaração dos Direitos Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da AIDS. São eles:5-7

HIV NA MÍDIA

Confira aqui alguns depoimentos de influenciadores, convidados pela campanha, para falar mais sobre HIV, a importância de se previnir, de fazer o teste e de manter o cuidado sempre, mesmo com um resultado positivo ou negativo.

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